A conferência começou com uma apresentação. De fato, Kennedy Román, Diretor da região do Caribe e da América Central da VU Security, explicou que “somos uma empresa de segurança cibernética focada na proteção de identidade e na prevenção de fraudes. Estamos gerando identidade digital para diferentes governos e setores há mais de 14 anos. Isso começou no setor bancário comercial, que, como sabemos, é o setor mais regulamentado em todo o mundo, e desde 2018 chegamos à República Dominicana para trabalhar em conjunto com diferentes bancos em todo o processo de identidade digital” e acrescentou que atualmente ‘temos operações em todo o Caribe, América Central, América do Sul, Europa e Estados Unidos’.

As origens

 Relembrando o início da VU Security, Kennedy lembrou que “Hoje existem até bancos digitais que não têm agências e têm a capacidade de atender um cliente 100% remotamente. Tudo isso nasceu através do nosso fundador, Sr. Sebastian Estranieri, que tinha que ir mês após mês para acompanhar sua avó na Argentina para receber sua pensão. Assim como aqui, muitas vezes, para poder pagar a pensão, a pessoa tem que provar pessoalmente que está viva. Um processo que dura dois ou três minutos, em que um funcionário simplesmente olha para a senhora e diz, sim, é ela, mostra um documento que não é validado por nenhum meio tecnológico e, a partir daí, a senhora pode receber sua pensão. E isso lhe custou realocação, custou-lhe tempo. Criamos todo um processo em que as pessoas podem validar sua identidade de forma 100% remota.

Ele acrescentou: “O que nasceu como uma solução particular, hoje uma empresa como a Gartner, que é o órgão regulador ou a empresa que monitora as empresas de tecnologia em nível global, nos menciona como uma referência de identidade em nível global. Conseguimos acompanhar diferentes governos e instituições em todo o processo de validação remota de identidade. A ideia é garantir que a operação entre um indivíduo que é um cliente ou não, possa ser seu cliente remotamente desde o início”.

O caso argentino para jogos de azar

Entrando especificamente na área de segurança cibernética em jogos de azar, Keneddy explicou que “acho que todos estão familiarizados com a empresa de jogos on-line BetWarrior. A Argentina seguiu em frente com a lei de identidade digital e, desde 2017, tornou obrigatória a criação de uma identidade digital para todos os seus cidadãos. Os cidadãos não precisam mais ter um documento físico. Até recentemente, o jogo on-line era simplesmente uma questão de apresentar ou digitar um número de documento. Com esse número de documento, era validado em um banco de dados que se tratava de uma pessoa adulta, mas ninguém dizia se era uma criança que estava do outro lado. Ninguém disse se era uma pessoa cuja identidade havia sido simplesmente roubada, cujo número de identidade havia sido roubado.

Sobre esse ponto, o empresário explicou que “foi desenvolvido um serviço para a BetWarrior em que o cliente recebe um link, seja por WhatsApp, por correio, por SMS, por qualquer meio de comunicação que o cliente tenha, em que essa pessoa é solicitada a validar sua identidade por meio de uma fotografia de seu documento. Em seguida, ela valida que é um documento verdadeiro, que é um documento físico que estava na transação, e lhe é solicitada uma prova de vida. Essa prova de vida nada mais é do que os mesmos movimentos aleatórios que são feitos para desbloquear um iPhone”.

Ele continuou explicando que, por meio desse sistema de segurança, “o cidadão tirará uma foto e tirará uma selfie. Isso gerará um banco de dados, que hoje a BetWarrior compartilhará com todas as outras plataformas de jogos on-line, como um negócio separado, para poder demonstrar ao órgão regulador que cada jogo vendido, cada acesso a suas ferramentas e plataformas, cumpriu com a validação da identidade da pessoa. Eles estavam gerando uma base de lista negra de pessoas que tentavam fraudar a plataforma por meio de um documento falso, colocando um rosto em um documento diferente”.

 Identidade digital para jogos

No ponto central da Conferência, Kennedy Román explicou que “O que queremos alcançar aqui é ter uma identidade digital para o setor de jogos e que você possa converter o que chamamos momentos da verdade, aquele momento em que o usuário requer um serviço e que ele pode tê-lo da maneira que ele requer, o objetivo é poder fornecê-lo de forma segura, visando à regulamentação dos jogos on-line. Poder garantir ao regulador que está lidando com a pessoa que diz ser, gerar um banco de dados, poder gerar um KYC para questões de lavagem, são coisas que a plataforma permite e são coisas que vamos disponibilizar para que você possa seguir o caminho de conhecer esses tipos de ferramentas, que já estão acontecendo em outros países”.

“Dentro desse processo de poder validar identidades, monitorar qualquer tipo de operação, a ideia que trazemos a vocês hoje é poder trabalhar em conjunto com o regulador para projetar especificamente as necessidades do mercado dominicano. Sabemos que a tecnologia não pode fazer tudo, mas é ideal estar sempre moldando cada uma das ferramentas com o benefício de termos conhecimento do tipo de comunidade que existe no país, incluindo o tipo de telefones celulares que são usados, para garantir que isso possa chegar à base da pirâmide”.

Por fim, Keneddy deixou uma mensagem para encerrar a conferência: “Este é um jogo de longo prazo, esses tipos de tecnologias, esses tipos de ferramentas olham para o futuro. Este é apenas o começo de como podemos validar a identidade dos usuários que acessam nossos jogos. Atualmente, os bancos comerciais vêm experimentando esse tipo de ferramenta há 5 ou 6 anos, e hoje elas são necessárias e estão sendo desenvolvidas para o futuro. Garantindo que, em vez de ter 20, 30 agências em todo o país, remotamente, você possa ser muito mais eficiente por meio de jogos on-line, garantindo a integridade de suas ferramentas e plataformas.